23 julho 2011

in O RIACHENSE: Colectividades sem subsídios e sem apoio logístico

Colectividades sem subsídios e sem apoio logístico

Já se desconfiava e agora é mesmo oficial. A câmara cortou o apoio às associações como forma de reduzir a despesa. O assunto veio à baila na reunião camarária de 12 de Julho quando o vereador Carlos Tomé (CDU) lembrou que as colectividades têm um papel importante na comunidade, mas enfrentam grandes dificuldades financeiras.

Nesse sentido, questionou quando é que a câmara vai pagar os subsídios em atraso. O presidente António Rodrigues (PS) respondeu que a autarquia suspendeu o apoio ao associativismo, onde se incluem os subsídios e a logística. No entanto, o autarca garantiu que as verbas atribuídas até 2009 irão ser pagas. Prevê-se, portanto, um futuro negro no associativismo concelhio, pois já não foram atribuídos subsídios em 2010.
Esta é uma das medidas do município para reduzir despesas, onde se inclui a suspensão de contratação de dois chefes de divisão, suspensão da remodelação do Departamento de Administração do Urbanismo ou a renegociação dos transportes escolares.
A propósito das dificuldades das colectividades, João Sarmento (PSD) lembrou que o menor sucesso das Festas do Almonda também se deve ao reduzido número de participação de associações locais. “Devemos repensar as festas da cidade porque o actual modelo está esgotado. A Câmara devia convidar todas as colectividades para participarem de modo a envolver toda a população. Por outro lado, em tempos de crise, o fogo de artifício não faz sentido”, salientou o vereador do PSD. Rodrigues manifestou opinião contrária: “Já experimentamos esse modelo e na hora da verdade ninguém quis vir”. O edil reconheceu ainda que este ano as festas estiveram longe de atrair grandes multidões como em edições anteriores: “As pessoas pensaram que não havia festa devido à crise, as noites estiveram frias e a festa dos Tabuleiros desviou muita gente”. Quanto ao fogo de artifício, teve uma reacção algo curiosa: “É a alegria de muita gente e não podemos acabar com tudo”.
“É difícil fazer melhor porque não é uma festa da comunidade, mas da Câmara”, acrescentou Carlos Tomé.
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