21 outubro 2014

MOREIRAS GRANDES

Moreiras Grandes: centro recreativo investe "na aldeia e nas pessoas"



 
O Centro Recreativo e Cultural das Moreiras Grandes, freguesia de Assentis, tem-se afirmado nos últimos anos como o motor que faz a aldeia mexer, bem como numa organização com grande dimensão cívica.
Nos últimos três meses foram construídos dois equipamentos com naturezas distintas, mas necessários nas Moreiras Grandes, e ambos foram tornados uma realidade devido ao empenho dos actuais e antigos dirigentes da colectividade. Um desses projectos é a casa mortuária, cuja construção nasceu numa das salas da antiga escola primária, que foi cedida pela autarquia ao CRCMG. O edifício da antiga escola é contíguo à igreja e foi na sala mais próxima do templo que a casa mortuária foi preparada, apesar de aquela divisão ser a que se encontrava em pior estado de conservação. As obras de requalificação do espaço estão praticamente concluídas, faltando apenas colocar algum mobiliário, como mesas, cadeiras e, eventualmente, um sofá. Até agora, os corpos têm sido velados na igreja, em condições muitas vezes desconfortáveis, sobretudo no Inverno, situação que mudará logo que a casa mortuária passe a estar ao dispor da população. Além da requalificação da antiga sala de aula, realizaram-se também arranjos exteriores no edifício e que foram executados e custeados pela colectividade, nomeadamente na sua fachada, que foi pintada, bem como na calçada que ainda está a ser melhorada e conservada. Mário Violante, presidente da direcção do centro recreativo das Moreiras Grandes, sublinha que, apesar de a colectividade não ter efectivamente esta vocação, ”está atenta aos problemas da aldeia”, procurando ser parte das soluções.   Parque de manutenção já ao dispor da população A construção de um parque de manutenção, com uma dezena de aparelhos, ficou praticamente concluída há cerca de duas semanas, tendo já sido utilizado por populares. Implantado num terreno cedido pela câmara municipal no centro da aldeia (perto da igreja), o parque de manutenção é um equipamento de utilização livre e que vem oferecer à população a possibilidade de fazer algum desporto. Cada aparelho tem uma descrição sobre a sua utilização, o que permite autonomia total na sua fruição. O projecto do parque foi executado por uma jovem arquitecta da terra, Joana Silva, que fez este trabalho graciosamente. Está ainda por concluir a parte de jardinagem mas, de qualquer forma, deu já para se perceber que o parque está muito bem conseguido esteticamente e contraria um velho dizer popular, aquele que diz que os santos da casa não fazem milagres. Não se tratando efectivamente de um milagre, esta colectividade de aldeia conseguiu, exclusivamente com capitais próprios, implementar estes dois projectos em pouco mais de três meses. Fê-lo com dinheiro que angariou em diversas iniciativas ao longo de vários anos, e sobretudo com as festas de Verão. Estes dois novos espaços foram apresentados à população no domingo, dia 12, após um almoço de comemoração dos 28 anos da colectividade, que decorreu no pavilhão desportivo e que contou com a presença de cerca de 300 pessoas. Além destas duas obras em fase de conclusão, no Verão que passou foram executadas outras intervenções de dimensão significativa, designadamente a reparação e pintura da fachada do pavilhão desportivo, que apresentava algumas fendas que estavam a causar infiltrações e, no recinto das festas de Verão, foi ampliada uma faixa de terreno que confere aquele espaço maior dimensão. Esta intervenção obrigou à construção de um novo muro de suporte da barreira e ao deslocamento de um poste de electricidade, explicaram os dirigentes da colectividade.

   Por:
Jornal Torrejano